O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) estimou que em novembro o valor do salário mínimo deveria ser de R$ 2.139,06 mil, sendo 4,60 vezes o mínimo vigente, de R$ 465,00. O levantamento é realizado em 17 capitais.
O Dieese tomou como base Porto Alegre, que tem o maior valor apurado de cesta básica, e levou em consideração o preceito constitucional, determinando que o salário mínimo deve ser suficiente para atender às necessidades do trabalhador e da família, cobrindo as despesas com alimentação, moradia, saúde, vestuário, educação, transportes, higiene, lazer e previdência social.
O presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Blumenau, Luiz Vilson de Oliveira, concorda com os dados do Dieese, mas ressalta que a realidade é outra. “É claro que todos nós gostaríamos que o salário mínimo fosse esse valor divulgado, tanto que o sindicato de Blumenau a cada ano que passa negocia um piso na categoria, que atualmente é R$ 710,00”, declara, lembrando que o piso mínimo estadual é de R$ 647,00.
Para o economista da Furb, Nazareno Schmoeller, se o salário mínimo fosse esse valor, a inflação aumentaria na mesma proporção, e considera que o problema da sociedade é a ‘péssima’ distribuição de renda. “Não dá para ter um salário nesse patamar se não tem uma produção equivalente, porque o valor do produto é igual a quantidade da renda. Seria a questão do modelo de sobrevivência”, esclarece.
Oliveira lembra também que o salário mínimo em janeiro terá reajuste de 8,9%, subindo para R$ 506,44. A política de reajuste acima da inflação está mantida e foi considerada no cenário tratado para a elaboração do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2010.
Fonte: Jornal Folha de Blumenau
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