terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Dieese estima que mínimo deveria ser de R$ 2.139,06

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) estimou que em novembro o valor do salário mínimo deveria ser de R$ 2.139,06 mil, sendo 4,60 vezes o mínimo vigente, de R$ 465,00. O levantamento é realizado em 17 capitais.

O Dieese tomou como base Porto Alegre, que tem o maior valor apurado de cesta básica, e levou em consideração o preceito constitucional, determinando que o salário mínimo deve ser suficiente para atender às necessidades do trabalhador e da família, cobrindo as despesas com alimentação, moradia, saúde, vestuário, educação, transportes, higiene, lazer e previdência social.

O presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Blumenau, Luiz Vilson de Oliveira, concorda com os dados do Dieese, mas ressalta que a realidade é outra. “É claro que todos nós gostaríamos que o salário mínimo fosse esse valor divulgado, tanto que o sindicato de Blumenau a cada ano que passa negocia um piso na categoria, que atualmente é R$ 710,00”, declara, lembrando que o piso mínimo estadual é de R$ 647,00.

Para o economista da Furb, Nazareno Schmoeller, se o salário mínimo fosse esse valor, a inflação aumentaria na mesma proporção, e considera que o problema da sociedade é a ‘péssima’ distribuição de renda. “Não dá para ter um salário nesse patamar se não tem uma produção equivalente, porque o valor do produto é igual a quantidade da renda. Seria a questão do modelo de sobrevivência”, esclarece.

Oliveira lembra também que o salário mínimo em janeiro terá reajuste de 8,9%, subindo para R$ 506,44. A política de reajuste acima da inflação está mantida e foi considerada no cenário tratado para a elaboração do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2010.
Fonte: Jornal Folha de Blumenau

Receita libera consulta ao maior lote da história do IR

A Receita Federal libera nesta terça-feira, 8, a partir das 9 horas, a consulta ao maior lote da história de restituição de Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). Serão devolvidos R$ 2,407 bilhões para 1,935 milhão de contribuintes. Quem não estiver no último lote deste ano caiu na malha fina e pode consultar o extrato de processamento da declaração na página do órgão na internet.



Em novembro, a Receita já havia devolvido um megalote de R$ 1,97 bilhão. O volume de devoluções cresceu neste final de ano porque, nos meses anteriores, o governo atrasou deliberadamente a liberação das restituições do IR em uma tentativa de compensar a queda na arrecadação de tributos federais neste ano. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, chegou a cogitou deixar parte das restituições para 2010, mas, preocupado com o desgaste político da medida, depois que a informação veio a público, recuou.
A Receita informou que os valores desse último lote de restituições estarão creditados nos bancos no dia 15 de dezembro. As restituições serão corrigidas em 6,05% referentes à taxa básica de juros (Selic) do período de maio a dezembro deste ano. Este último lote inclui 33.439 contribuintes com mais de 60 anos, que, pelo Estatuto do Idoso, têm prioridade no recebimento das devoluções do Imposto de Renda. Também foram contemplados os contribuintes que entregaram declaração em formulário de papel.



Para saber se a restituição foi liberada, a pessoa deve acessar a página da Receita na internet ou ligar para o Receitafone (146), informando o número do CPF.


Lote residual
O Fisco também libera hoje um lote residual de 2008, com restituições no valor de R$ 92,25 milhões. Os valores estarão corrigidos em 18,12%, equivalente a taxa Selic de maio de 2008 a dezembro de 2009. Foram contemplados 67.709 contribuintes.


Caso o valor não seja creditado, o contribuinte deverá se dirigir ou ligar para uma das agências do Banco do Brasil ou para o ''BB responde'' (4004-0001 nas capitais ou 0800-729-0001, nas demais localidades) para agendar o crédito em conta corrente ou poupança em seu nome, em qualquer banco. A restituição ficará disponível no banco por um ano.

Vendas da indústria de SC crescem 6,7% em outubro

As vendas da indústria catarinense registraram alta de 6,7% em outubro na comparação com o mês anterior. O desempenho positivo foi influenciado principalmente pelo setor de máquinas e equipamentos, que produz a linha branca. Dos 16 segmentos que participam do levantamento, divulgado pela FIESC nesta segunda-feira (7), 12 apresentaram alta nas vendas. Contudo, na comparação com o ano anterior os resultados são negativos. As vendas caíram 7,7% em relação ao acumulado de 2008 e o mesmo percentual na comparação de outubro de 2008 com outubro deste ano.
Segundo o diretor de relações industriais e institucionais da FIESC, Henry Quaresma, a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) influenciou fortemente o desempenho das vendas industriais de outubro. Os setores que ainda não retomaram o crescimento são aqueles que dependem das exportações, que ainda seguem reduzidas para a maior parte dos mercados. "Tivemos um mês de alta no faturamento, nas horas trabalhadas, nas remunerações pagas e na capacidade instalada. Com isso, começa a se desenhar um cenário de crescimento sustentado na indústria. Acreditamos que nos próximos meses se confirme a tendência de retomada da economia, embora no mercado internacional a recuperação tenda a ser mais lenta", afirmou Quaresma.
Os aumentos mais expressivos foram nos setores máquinas e equipamentos (21,5%), produtos químicos (15,6%), material eletrônico e equipamentos de comunicação (13%), confecções, artigos do vestuário e acessórios (11%), produtos têxteis (10,3%) e móveis (9%). Neste mesmo período de comparação, os setores que apresentaram queda foram máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,9%), veículos automotores e autopeças (-4,1%), artigos de plástico (-1,5%) e alimentos e bebidas (-0,3%).
De janeiro a outubro, dos 16 segmentos pesquisados 12 apresentaram desempenho negativo. Os maiores decréscimos estão nos segmentos veículos automotores e autopeças (-36,1%), produtos metálicos (-29,5%), metalurgia básica (-24%), produtos de madeira (-18,8%), artigos de plástico (-15,6%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-12,7%) e alimentos e bebidas (-11,3%).
Em outubro, as horas trabalhadas na produção cresceram 2,8%, a massa salarial real teve alta de 7,6%, influenciada pelo pagamento da primeira parcela do décimo terceiro salário em alguns setores. A utilização da capacidade instalada também aumentou, passando de 81,9% em setembro para 83,4% em outubro.

Dupla Sena paga R$ 3 milhões nessa terça

No concurso de número 818 a Dupla Sena reserva R$ 3 milhões para o acertador das seis dezenas do primeiro sorteio, que acontece nesta terça-feira (8), a partir das 20h (horário de Brasília). O Caminhão da Sorte está em Votuporanga, interior de São Paulo, onde serão realizados os sorteios nesta semana.


O valor aplicado na poupança renderia uma bela aposentadoria de R$ 15 mil por mês. Com o prêmio ainda seria possível comprar 142 automóveis populares. No caso de investimento no ramo imobiliário, a bolada permitiria a aquisição de 20 apartamentos de classe média, no valor de R$ 150 mil cada.


Como Jogar - Na Dupla Sena, com o mesmo bilhete o apostador tem duas chances de ganhar. A aposta pode ser feita de 6 a 15 dezenas, entre as 50 disponíveis no volante, e ele concorre a dois sorteios por concurso. Se não for premiado com os seis números no primeiro sorteio, o apostador pode ganhar no segundo. Nele, o prêmio é pago ao se acertar quatro, cinco ou seis números. Ainda existe a opção pela Surpresinha e pela Teimosinha.


A aposta mínima, em seis números, custa R$ 1,00. Não havendo acertador em qualquer faixa de premiação, o valor acumula para o concurso seguinte, na faixa única do primeiro sorteio.


As apostas podem ser feitas em qualquer casa lotérica credenciada até às 19h (horário de Brasília) desta terça-feira.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Governo lança linha de crédito para taxistas

O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, lançou nesta segunda-feira (7), no Rio de Janeiro, linha de crédito aberta pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador voltada à aquisição de veículos para renovação da frota de táxis em todo o país. Segundo Lupi, a linha de crédito faz parte do pacote anticrise do governo voltado à manutenção do aquecimento do mercado interno.


"O mercado automobilístico segue bem posicionado no mercado, apoiado na redução do IPI e agora também impulsionado pela liberação desta linha de crédito. Esta possibilidade de empréstimos também favorece o trabalho destes profissionais, que terão melhores instrumentos para exercer suas profissões. A renovação da frota também traz mais segurança ao trânsito, já que os beneficiários vão trocar seus veículos usados por novos", comentou Lupi.

O MTE estuda uma solicitação feita pelos taxistas para a criação de um programa de qualificação profissional voltado ao aprendizado de idiomas, como forma de preparar os profissionais para o atendimento a turistas, principalmente com vistas à realização da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016.

FAT Taxista - O Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) destinou R$ 200 milhões para financiamento de veículos de passageiros, de fabricação nacional, novos, equipados com motor de cilindrada não superior a dois mil centímetros cúbicos (2.0), de no mínimo quatro portas, inclusive a de acesso ao bagageiro, movido a combustível de origem renovável ou sistema reversível de combustão.


A linha de crédito é direcionada a pessoa física, titular de concessão legal expedida pelos órgãos competentes que regulam a atividade de taxista. Para ter acesso ao crédito, é preciso apresentar documento que comprove o exercício da atividade de taxista. Pode ser financiável até 90% do valor do bem, no valor de R$ 60 mil. O prazo para pagamento é no máximo sessenta meses, incluídos até três meses de carência.


Encargos financeiros - A taxa de juros a ser aplicada é TJLP mais 4% efetivos ao ano, equivalentes a 10,24% ao ano e 0,82% ao mês. Dos R$ 200 milhões da linha de crédito, R$ 50 milhões já foram alocados no Banco do Brasil.

'Tenho posto o pé no acelerador da economia', afirma Mantega

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta segunda-feira, 7, que o Brasil está começando um novo ciclo de crescimento e que o governo irá acelerar os esforços para aumentar os investimentos no País. "Tenho posto o pé no acelerador da economia brasileira", brincou o ministro. Mantega não disse, porém, se novas medidas para incentivo de investimentos serão adotadas até o final deste ano. "Para 2010, está previsto um crescimento (do PIB) de pelo menos 5%. Isso é a previsão mais modesta, do ministro da Fazenda. Porque outras previsões já falam em crescimento de 5,5%, 6%, até 6,5%", afirmou o ministro.
Mantega deu as declarações durante o seminário "Brasil nos Trilhos", em Guarulhos (SP), ao falar da economia e dos investimentos no projeto do trem-bala. O trem de alta velocidade (TAV) irá ligar São Paulo, Rio de Janeiro e Campinas. Segundo o ministro, o Brasil está saindo mais forte da crise global e deve ser um dos países que terá melhor crescimento nos próximos anos, juntamente com outros emergentes, especialmente China e Índia. "Deixamos para trás crescimentos vergonhosos de 2%, deixamos de ser a lanterninha dos emergentes. Antes da queda do Lehman Brothers estávamos crescendo a 6,5% e agora estamos recuperando esse dinamismo. O Brasil passou na prova (da crise) com louvor", disse.
Mantega disse que o comércio deverá mostrar o vigor da recuperação neste final de ano, pois o mercado interno está muito aquecido. "O povo brasileiro está consumindo porque constituímos um grande mercado interno. São mais de 100 milhões de habitantes da classe média comprando. Este final de ano será muito bom para o comércio. Só espero que não faltem geladeiras, fogões e TVs de LCD", afirmou.
O ministro disse ainda que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foi fundamental para estimular a área logística no País, mas que agora o governo quer avançar ainda mais em "grandes projetos de infraestrutura". "Temos Copa do Mundo, em 2014, e a Olimpíada, em 2016, e precisamos estar prontos. O TAV se insere nesse conjunto de projetos de grande envergadura que vamos fazer. Não é um projeto isolado. É um Brasil com potencial enorme. O TAV é um símbolo do novo Brasil. Não significa só que o Brasil foi colocado nos trilhos, mas está crescendo em alta velocidade. Vai ser um projeto que vai fazer o País entrar na modernidade", disse Mantega.

As informações são da Agência Estado