terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Vendas da indústria de SC crescem 6,7% em outubro

As vendas da indústria catarinense registraram alta de 6,7% em outubro na comparação com o mês anterior. O desempenho positivo foi influenciado principalmente pelo setor de máquinas e equipamentos, que produz a linha branca. Dos 16 segmentos que participam do levantamento, divulgado pela FIESC nesta segunda-feira (7), 12 apresentaram alta nas vendas. Contudo, na comparação com o ano anterior os resultados são negativos. As vendas caíram 7,7% em relação ao acumulado de 2008 e o mesmo percentual na comparação de outubro de 2008 com outubro deste ano.
Segundo o diretor de relações industriais e institucionais da FIESC, Henry Quaresma, a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) influenciou fortemente o desempenho das vendas industriais de outubro. Os setores que ainda não retomaram o crescimento são aqueles que dependem das exportações, que ainda seguem reduzidas para a maior parte dos mercados. "Tivemos um mês de alta no faturamento, nas horas trabalhadas, nas remunerações pagas e na capacidade instalada. Com isso, começa a se desenhar um cenário de crescimento sustentado na indústria. Acreditamos que nos próximos meses se confirme a tendência de retomada da economia, embora no mercado internacional a recuperação tenda a ser mais lenta", afirmou Quaresma.
Os aumentos mais expressivos foram nos setores máquinas e equipamentos (21,5%), produtos químicos (15,6%), material eletrônico e equipamentos de comunicação (13%), confecções, artigos do vestuário e acessórios (11%), produtos têxteis (10,3%) e móveis (9%). Neste mesmo período de comparação, os setores que apresentaram queda foram máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,9%), veículos automotores e autopeças (-4,1%), artigos de plástico (-1,5%) e alimentos e bebidas (-0,3%).
De janeiro a outubro, dos 16 segmentos pesquisados 12 apresentaram desempenho negativo. Os maiores decréscimos estão nos segmentos veículos automotores e autopeças (-36,1%), produtos metálicos (-29,5%), metalurgia básica (-24%), produtos de madeira (-18,8%), artigos de plástico (-15,6%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-12,7%) e alimentos e bebidas (-11,3%).
Em outubro, as horas trabalhadas na produção cresceram 2,8%, a massa salarial real teve alta de 7,6%, influenciada pelo pagamento da primeira parcela do décimo terceiro salário em alguns setores. A utilização da capacidade instalada também aumentou, passando de 81,9% em setembro para 83,4% em outubro.

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